Aos 4 dias do mês de outubro de 2019, os membros do Conselho Universitário da UFGD e demais integrantes da comunidade estiveram presentes (e após oitenta e cinco dias de espera) para reconvocação da já realizada 97ª reunião ordinária, a qual fora novamente delegada a sala 304 para a sua realização – uma sala pequena para receber todos os participantes, uma vez que anteriormente todas as reuniões desse Conselho sempre ocorreram no Cine-Auditório localizado na Unidade I (nas dependências da Reitoria da UFGD).
Antes do início da referida reunião, fora instruída pela administração interventora uma pessoa para ficar na porta de entrada para monitorar e inviabilizar a entrada de membros da comunidade, o que fere previsão regimental do próprio Conselho. Após intensa discussão republicana, muitos conseguiram entrar na referida sala 304, mas nem todos, devido ao pequeno espaço, que impossibilitou inclusive a alguns conselheiros que conseguissem se acomodar. Importante ainda salientar que essa sala 304 não conta com saídas de emergência, como as dependências do Cine-Auditório, e a única entrada ficou completamente lotada pelo acompanhamento e presença dos membros da comunidade e conselheiros.
Logo ao iniciar a reunião, um dos conselheiros solicitou, por questão de ordem, a mudança de local para o auditório de modo a que o debate pudesse comportar todos os presentes. A reitora pró-tempore negou a apreciação da proposta de questão de ordem, não colocou em votação, novamente infringindo o Regimento do COUNI. Não bastando isso, unilateralmente encerrou a reunião na primeira manifestação dos conselheiros, sem votação direta e nominal, enterrando definitivamente os procedimentos democráticos na UFGD.
Ao cancelar ilegalmente a reconvocada e já realizada 97ª reunião do Conselho Universitário, maior conselho deliberativo da UFGD, Mirlene Damázio prolonga a crise institucional e atenta contra o bom andamento da Universidade como um todo, evitando a publicação oficial de decisões que demandam imediata resolução e andamento, tais como os processos de turnos contínuos dos servidores técnicos que precisam respeitar prazos para a sua implementação. O prejuízo imposto à UFGD e à Comunidade pela manutenção da intervenção do Ministério da Educação, na Reitoria dessa universidade, quando já se tem uma lista tríplice hígida e válida, é grave, irresponsável e projetada com o claro propósito de sucatear e atacar o bom andamento da produção pedagógica, acadêmica e extensionista dessa instituição que só tem colaborado e contribuído para o Brasil e em especial, para a Grande Dourados.
Dourados, MS, 04 de outubro de 2019.
Assinam,
Conselheiros da Universidade Federal da Grande Dourados.
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